Ao deflagrar a operação Lava Jato, em março de 2014, imaginava a
Polícia Federal o efeito que ela teria sobre a economia do Brasil? Provavelmente
não. Até porque a Polícia Federal tem que exercer a sua função constitucional na
hora que julgar a mais oportuna, em função das investigações que conduz, independentemente
dessa hora ser conveniente ou não para quem quer que seja e independentemente
do que ou de quem possa ser atingido.
Para a Petrobrás o momento foi dos piores. Fragilizada financeiramente
em consequência de uma política de preços imposta pelo governo, com o intuito
de conter o processo inflacionário e comprometida com projetos e empreendimentos
que não viriam a se sustentar, situação depois agravada com a queda dos preços
do petróleo.
Dada a importância e o peso da Petrobrás na economia do Brasil, que já
vinha tendo um desempenho ruim por conta dos erros cometidos na política
econômica adotada, para o país o momento também foi dos piores. Segundo estudo
da consultoria Tendências, a operação Lava Jato deve ter tido um impacto
negativo de 2,5% no PIB brasileiro, que em 2015 caiu 3,8%. Obras paralisadas, cortes em programas de
investimento e demissões de trabalhadores foram alguns dos efeitos indesejados,
porém inevitáveis, gerados pela operação.
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