Para que o sistema de aposentadoria funcione,
precisa ter a forma de uma pirâmide. Na base, muitos jovens, que trabalham e
pagam a Previdência. No topo, um número menor de pessoas, que recebem
aposentadoria.
No Brasil, a pirâmide está ficando com a base estreita porque as mulheres têm
menos filhos. Há 30 anos, eram quatro filhos para cada brasileira; hoje, 1,8.
Além disso, a população brasileira está vivendo mais, o que faz o topo ficar
mais largo. A tendência é que essa proporção aumente. E é fácil concluir o que
acontece com uma pirâmide de cabeça para baixo.
Os brasileiros se aposentam em média perto dos 55
anos, mas a expectativa de vida, que era de 52 anos na década de 1960, hoje
passa de 75 anos.
O governo gasta muito e os aposentados recebem pouco. Hoje, a maioria ganha o
salário mínimo e poucos recebem o teto. Ainda é distante o sonho da plena
aposentadoria.
As regras de aposentadoria variam para funcionários
públicos, rurais e de empresas privadas. Alguns se aposentam por tempo de
serviço, outros pela idade ou uma combinação dos dois critérios.
Muitos especialistas defendem que se crie uma regra
única, com idade mínima para todos e que ela suba conforme o aumento da
expectativa de vida da população. Isso ajudaria a evitar que a pirâmide desabe.
Hoje outro problema que temos é a excessiva dependência da Previdência Social. Segundo um estudo feito por uma consultoria
especializada, somente três em cada 100 brasileiros tem previdência privada.
Ao trabalhar também com a previdência privada, além de tirar a carga de alguma
forma da Previdência Social, lá na frente, tanto o indivíduo ganha com
benefício maior, quanto o país porque esses recursos são investidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui